Concurso de Literatura Infantil e Juvenil 2011 – 32 mil reais em prêmios!

A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) abriu inscrições para o II Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil. Os interessados terão a opção de se inscrever nas duas modalidades de premiação, ou apenas em uma delas. Os textos da modalidade infantil são destinados a leitores de seis a 10 anos e da juvenil a adolescentes entre 11 e 16 anos. Poderão participar do concurso brasileiros e estrangeiros legalizados, residentes no território nacional. Os prêmios serão de R$ 8 mil para o primeiro colocado de cada categoria; R$ 5 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro. A comissão julgadora será composta de cinco membros, entre especialistas em literatura infanto-juvenil e profissionais das áreas de educação e cultura. O regulamento está disponível no site da editora (http://www.cepe.com.br).

REGULAMENTO

1. A participação estará aberta a todos os brasileiros natos e naturalizados, residentes no território nacional. Funcionários da Cepe e seus parentes em primeiro grau não poderão participar.

2. Haverá duas categorias de inscrição:
• Infantil (destinada ao leitor entre seis e 10 anos).
• Juvenil (destinada ao leitor entre 11 e 16 anos).

3. Cada participante poderá concorrer nas duas categorias, sem limite para o número de obras inscritas.

4. As inscrições estarão abertas de 1º/04/2011 a 30/06/2011, sendo considerada a data de postagem dos originais nos Correios. Após 30 de junho de 2011, não serão aceitas inscrições.

5. Os originais deverão ser endereçados à Companhia Editora de Pernambuco – Cepe, Rua Coelho Leite, 530, Santo Amaro – Recife – PE – CEP: 50100-140.

6. Os originais deverão ser inéditos e escritos em língua portuguesa. Entende-se por inédito o original não editado e não publicado (parcialmente ou em sua totalidade) em antologias, coletâneas, suplementos literários, jornais, revistas, sites e publicações do gênero.

7. O conteúdo dos originais deverá ser de narrativa de ficção (histórias imaginadas), com 5 (cinco) páginas no mínimo para a categoria infantil e 30 (trinta) páginas no mínimo para a categoria juvenil.

8. A identificação dos originais deverá ser feita por meio de pseudônimo, e todas as cópias deverão ser identificadas somente pelo pseudônimo. Paralelamente, em envelope lacrado e identificado com o pseudônimo, o participante deverá apresentar seus dados pessoais (nome completo, endereço, telefone, e-mail, número de RG e CPF, profissão).

9. O candidato deverá enviar cinco cópias de cada original, obedecendo à seguinte formatação:
• Word, fonte Times New Roman, corpo 12, espaçamento duplo.
• Páginas numeradas e impressas em papel carta ou A4, grampeadas ou encadernadas.

10. Poderão ser inscritos originais com ilustrações já inseridas, porém apenas o texto será julgado. Havendo publicação da obra, a diretoria da Cepe poderá optar por ilustrá-la segundo critérios próprios de editoração.

11. Os originais em desacordo com essas normas serão desclassificados.

12. A comissão julgadora, composta de cinco membros, será nomeada pela diretoria da Cepe, sendo formada por especialistas em literatura infanto-juvenil e profissionais das áreas de educação e cultura. A composição do júri será mantida em segredo até a nomeação dos vencedores do concurso.

13. A decisão da comissão é irrevogável. O anúncio do resultado deverá ocorrer no mês de outubro, sendo publicado no Diário Oficial do Estado de Pernambuco e no Portal da Cepe.

14. A festa de premiação do II Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil deverá ocorrer em data a ser fixada após a divulgação dos resultados.

15. O primeiro colocado de cada categoria receberá um prêmio de R$ 8.000,00 (oito mil reais); o segundo colocado, R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e o terceiro, R$ 3.000,00 (três mil reais).

16. A Companhia Editora de Pernambuco – Cepe terá exclusividade na edição das obras vencedoras. Poderá, também, manifestar interesse pela edição de trabalhos não premiados no concurso. Assim, durante o prazo de 10 meses, a contar da data de divulgação dos resultados do concurso, poderá haver contato com os autores de obras recomendadas pela comissão, visando adquirir os direitos de publicação.

17. Os originais e demais documentos entregues à Cepe não serão devolvidos.

18. A apresentação de originais para participar do II Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil implica no total acordo às normas aqui expressas.

INSCRIÇÕES
1° de abril a 30 de junho de 2011

MAIS INFORMAÇÕES
Companhia Editora de Pernambuco – Cepe
Rua Coelho Leite, 530
Santo Amaro – Recife – PE
CEP: 50100-140
Fones: (81) 3183.2700 / 0800.0811201

Fonte: http://www.cepe.com.br/

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“A Leitura Perdição” – texto do professor Edmir Perrotti

São muitas as razões de ler. Talvez a mais importante para a vida prática seja a de ler para se informar. Com efeito, lemos jornais, revistas, documentos, ofícios, contas de luz, de água, cheques, bula de remédios, certidão de batismo, de nascimento e de casamento. E lemos para tomar conhecimento de questões que afetam nosso cotidiano, nosso dia a dia, a vida diária. (Talvez a única que interesse verdadeiramente!). Num universo letrado, tais leituras são essenciais à sobrevivência, no que esta tem de mais imediato e urgência e é espantoso que não nos envergonhemos com as taxas de analfabetismo que assolam o país, verdadeira tragédia!

Ler mais em: http://pt.scribd.com/doc/56815703/A-Leitura-Perdicao-Perrotti?secret_password=1z0hpssioxlktysewj4w

ou bit.ly/kpNlwz

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Jornada Amanda

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Inauguração da Estação do Conhecimento Pq Juventude_parte 1

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Paula Fernandes – Pra Você – Clipe Oficial

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Entrevista com professor Edmir Perrotti: “Biblioteca não é depósito de livros”

Edmir Perrotti é idealizador de redes de leitura em escolas e diz que é função do educador ajudar os estudantes a processar as informações do acervo. “Há uma série de estratégias possíveis para inserir a criança num contexto letrado.”

Desafios como a criação do hábito da leitura entre crianças e adolescentes, as novidades tecnológicas, a ampliação do acesso ao ensino e a sofisticação do mercado editorial levaram o professor Edmir Perrotti a uma nova concepção de biblioteca escolar e de seu papel pedagógico.

Com formação em Biblioteconomia – área que combinou com seu interesse em Educação -, ele é docente da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, conselheiro do Ministério da Educação para a política de formação de leitores e autor de livros infantis.

Perrotti orientou a implantação de redes de bibliotecas inovadoras nas escolas municipais de São Bernardo do Campo, Diadema e Jaguariúna, no estado de São Paulo. Nessas estações de conhecimento, como ele prefere chamá-las, a aprendizagem é estimulada pela presença de suportes tecnológicos, como o computador e a televisão.

Em um ambiente que convida as crianças a descobrir e aprofundar o prazer da leitura, os livros convivem com outras linguagens, como a do teatro. “Assim trabalha-se o contato com as informações e também o processamento delas”, diz. Ex-professor da Universidade de Bordeaux, na França, e de escolas de Ensino Fundamental no Brasil, além de editor e crítico literário, Perrotti concedeu a seguinte entrevista a NOVA ESCOLA.

O que deve orientar a constituição de uma biblioteca escolar?
Edimir Perrotti Ela não pode restringir-se a um papel meramente didático-pedagógico, ou seja, o de dar apoio para o programa dos professores. Há um eixo educativo que a biblioteca tem de seguir, mas sua configuração deve extrapolar esse limite, porque o eixo cultural é igualmente essencial. Isso significa trazer autores para conversar, discutir livros, formar círculos de leitores, reunir grupos de crianças interessadas num personagem, num autor ou num tema. A biblioteca funciona como uma ponte entre o ambiente escolar e o mundo externo.

De que modo se realiza essa abertura para fora da escola?
O responsável pela biblioteca tem o papel de articular programas com a biblioteca pública e fazer contato com a livraria mais próxima, além de estar atento à programação cultural da cidade. Há uma série de estratégias possíveis para inserir a criança num contexto letrado. A biblioteca precisa ter outra finalidade que não seja simplesmente a de um depósito de onde se retiram livros que depois são devolvidos. Nós não trabalhamos mais com a idéia de unidades isoladas. O ideal é formar redes, um conjunto de espaços que eu chamo de estações de conhecimento, cujo objetivo é a apropriação do saber pelas crianças.

Qual é a necessidade das redes?
Com o atual excesso de informações e a multiplicação de suportes, nenhuma biblioteca dá conta de todas as áreas em profundidade, até porque não haveria recursos para isso. O trabalho tem de ser compartilhado com outras unidades da rede, por meio de mecanismos de busca informatizados. Por exemplo: a escola guarda um pequeno acervo inicial sobre arte, mas, se o interesse for por um conhecimento aprofundado, recorre-se a uma biblioteca especializada na área. Hoje não há mais condições de manter o antigo ideal de bibliotecas enciclopédicas, que abarcavam todas as áreas de conhecimento.

Quem deve ser o responsável pela biblioteca?
Processar as informações e criar nexos entre elas é um ato educativo. O responsável, portanto, é um educador para a informação, que nós chamamos de infoeducador, um professor com especialização em processos documentais. Uma rede de bibliotecas tem uma plataforma de apoio técnico-especializado, que é a área do bibliotecário, um especialista em planejamento e organização da informação. Junto com ele trabalham os educadores, que são especialistas em processos de mediação de informação. Dar acesso ao acervo não basta para que o aluno saiba selecionar e processar informações e estabelecer vínculos entre elas.

De que modo se estimula a autonomia numa biblioteca?
É preciso desenvolver programas para construir competências informacionais. Isso inclui desde ensinar a folhear um livro — para crianças bem pequenas — até manejar um computador. Antigamente imperava a idéia de que os adultos é que deveriam mexer nas máquinas e pegar os livros na estante. Hoje deve-se formar pessoas que tenham uma atitude desenvolvida, não só de curiosidade intelectual mas de domínio dos recursos de informação. Essa é uma questão essencial da nossa época.

Por que a escola tem falhado em ensinar os alunos a processar informações?
Porque se acredita que basta escolarizar as crianças para formar leitores. De fato, a escola tem o papel de construir competências fundamentais para a leitura, mas isso não quer dizer formar atitude leitora. Hoje, o que distingue o leitor das elites do leitor das massas é que o primeiro tem um circuito de trocas. Ele participa do comércio simbólico da escrita, da produção à recepção: sabe o que é publicado, informa-se sobre os autores, encontra outros leitores etc. Já a criança da escola pública muitas vezes não tem livros em casa e só lê o que o professor pede. Ela não tem com quem comentar. Está sozinha nesse comércio das trocas simbólicas.

Qual é o mínimo necessário para o funcionamento de uma biblioteca escolar?
Estou convencido de que é a pessoa que trabalha ali, mediando relações entre a criança, a informação e o espaço. Não precisa ser alguém superespecializado, mas que compreenda a função da escrita e da imagem e que saiba qual é a importância daquilo na vida das pessoas. Assim, a compra de livros seguirá um critério de escolha consciente. É claro que é bom construir um ambiente agradável e funcional, mas não é indispensável, porque a leitura não depende das instalações da biblioteca; ela se dá em qualquer lugar.

Quem deve escolher o acervo?
Nós temos trabalhado um modelo em que a escolha é feita por todos os que participam dos processos de aprendizagem: professores, coordenadores, diretores e alunos. Formulários são colocados à disposição para que sejam feitas sugestões de compra. O infoeducador não só coleta esses dados como divulga, por meio dos quadros de aviso, as informações sobre lançamentos que saem na imprensa e na internet. Depois, ele vai analisar os pedidos, separá-los em categorias — livros importantes para os projetos em andamento, leituras de informação geral ou complementares etc. — e, com base nessas listas, a escolha é feita de acordo com os recursos disponíveis.

Como comprometer o aluno com a organização e a manutenção da biblioteca?
Ele participa da escolha do acervo e também pode estar pessoalmente representado nele, por meio de livros que ele escreve e de documentos de sua passagem pela escola. Uma parte do acervo vem da indústria cultural e outra é produzida internamente, com documentos e relatos referentes à história da instituição. Formar um repertório de dados locais cria relações com as informações universais.

Descreva a biblioteca escolar ideal.
É aquela que possui todo tipo de recurso informacional, do papel ao equipamento eletrônico. O espaço é construído especialmente para sua finalidade e de acordo com quem vai usar. Se o público majoritário é infantil, a disposição dos móveis e do acervo deve permitir que a criança se mova com autonomia. É preciso ser um local acolhedor, mas que empurre rumo à aventura, porque conhecer é sempre se deslocar.

Por que se diz que os jovens não gostam de ler?
Os interesses mudam na passagem da infância para a adolescência e a leitura que era feita antes já não interessa tanto, mesmo porque cresce a concorrência de outras mídias. Essa é uma transição crítica e ainda não foram definidas ações específicas para promover a leitura nessa faixa etária. Os adolescentes identificam o livro com as tarefas da escola, que reforça essa percepção porque raramente sai da abordagem instrumental da leitura. E no âmbito social, entre os amigos, a leitura não está presente. Mesmo assim, essa fase é a das grandes paixões. Portanto, há um espaço enorme para promover a leitura entre os jovens.

É possível formar leitores por meio de políticas públicas?
O problema é saber que caráter elas têm. Eu não concordo com estratégias que pretendam ensinar os alunos a gostar de ler. A função do poder público é criar ambientes que dêem condições de ler, tentar despertar as crianças para as potencialidades da escrita, prepará-las para as competências leitoras — enfim, providenciar para que seja constituída a trama que sustenta o ato de ler. Mas gostar de ler é questão de foro íntimo, não de políticas públicas.

A escola deve obrigar um aluno a ler livros e freqüentar bibliotecas mesmo que ele não goste?
Não se pode deixar de perguntar por que esse aluno não gosta de ler. Ele teve uma relação negativa com a situação de aprendizagem? Ninguém lê em casa? Tem dificuldades de visão? Não domina o código? Não tem circuitos culturais a sua volta? Tudo isso pode e deve ser trabalhado. Agora, se ele teve apoio para experimentar a prática da leitura e prefere fazer outras coisas, não adianta forçar. É claro que não estou falando da leitura funcional, indispensável para a vida diária. Nesse caso, é obrigatório negociar com a criança o “não querer ler”.

É melhor ler literatura de má qualidade do que não ler nada?
A pergunta já supõe que de fato existe uma literatura de má qualidade. Há leitores que são capazes de voar longe com um suposto mau livro, assim como há muitos trabalhos escolares que se utilizam de grandes textos, mas sufocam o interesse de aprender. Por outro lado, não é possível deixar o gosto do leitor imperar sozinho. É fundamental operar mediações entre as crianças e uma literatura que tenha condições de produzir significações importantes.

O uso do livro em sala de aula está em decadência?
Ele está aquém do que gostaríamos que fosse e também do que seria necessário. Mesmo assim, o livro está entrando nas escolas numa medida que não entrava, nem que seja por meio das distribuições feitas pelo Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais. Há 50 anos nem sequer se sonhava com isso no Brasil. O problema maior é o de mau uso desses livros, com estratégias impositivas de leitura. Muitas vezes falta penetrar no avesso dos textos com as crianças e realmente mergulhar numa viagem de conhecimento, de imaginação.

Até que ponto as bibliotecas levam ao hábito da leitura?
Eu participei de uma pesquisa feita com as crianças usuárias das redes de biblioteca que ajudei a implantar no estado de São Paulo. Queríamos saber se elas estão incorporando a leitura a sua prática de vida e não apenas como lição de casa. Qual é a constatação? Houve um grande avanço e as crianças se mostram muito mais familiarizadas com os livros, mas infelizmente ainda não usam as novas competências para trocas culturais. Por exemplo: não têm o hábito de comprar e emprestar livros. A prática escolar não se transferiu para a prática cultural.

Há perspectiva de mudança para essa situação?
Eu vejo uma tendência de funcionalização. Os meios eletrônicos trouxeram, aparentemente, uma presença maior da escrita, mas o uso que se faz dela é cada vez mais abreviado. Vai-se transformando a língua no elemento mínimo para a transmissão da mensagem. Nós estamos a anos-luz de formar pessoas que, ao cabo do período de escolaridade, vão se relacionar com a escrita como uma ferramenta de conhecimento e de experiências estéticas, numa dimensão não pragmática. Restringir as ferramentas de linguagem a sua função utilitária é retirar de nós mesmos aquilo que nos humaniza — a capacidade de dizer de uma forma articulada. As novas bibliotecas têm de enfrentar essa questão.

Entrevista concedida a Márcio Ferrari – Nova Escola, em 11/05/2011.

Fonte: http://www.blogdogaleno.com.br/texto_ler.php?id=9897&secao=22

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Estação Memória: um projeto que reúne idosos, jovens e memórias

Todas as quartas-feiras à tarde, um grupo reúne-se na Escola de Comunicações e Artes para discutir memórias.
Os participantes, na maioria, têm entre 80 e 90 anos de idade. Trata-se do projeto Estação Memória, coordenado pela professora Ivete Pieruccini, do Departamento de Biblioteconomia e Documentação (CBD). A ideia do projeto é trabalhar o processo de lembrar, de rememorar. Ivete conta que muitos idosos vêm à Estação procurando por exercícios para memorização, mas não se arrependem. “As pessoas raramente conseguem se desligar. Deixam o projeto por razões físicas, de saúde”, diz.

O projeto realiza uma ponte intergeracional. A maioria das reuniões são na USP, com os idosos. Mas há algumas reuniões que promovem encontros entre jovens e idosos. São privilegiados os jovens de Paraisópolis, onde funciona o espaço de pesquisa Estação do Conhecimento.

Ivete conta que os jovens que participam tornam-se mais prestativos e compreensivos com os idosos e melhoram até mesmo sua relação com pessoas idosas da família. Ela conta também casos como o de uma menina que escolheu a carreira de jornalismo com ênfase em cinema por influência das conversas com uma idosa cinéfila que participava do projeto.

Além das reuniões, há saraus realizados na Estação Memória, relacionando poesia e memória.

Um pouco de história

A Estação Memória nasceu de um projeto de pesquisa do professor Edmir Perrotti, também do CBD. Os primeiros esboços do projeto datam do final da década de 1980.

A ideia surgiu de uma conversa com uma senhora de idade que indagou o motivo de algumas pessoas idosas serem divulgadas e outras permanecerem desconhecidas. Ela morava em Pinheiros e argumentou que como ela outras pessoas da região contribuíram para a construção do bairro e não eram ouvidas.

Assim foi criado o projeto Memórias do Baixo Pinheiros, que consistia na coleta de depoimentos de pessoas da região. O objetivo era não somente dar voz a essas pessoas, mas também criar meios de transmissão da experiência de vida de pessoas idosas para crianças e jovens.

No entanto, faltava um espaço físico. E foi quando entrou a professora Ivete. Ela atuava na Rede de Bibliotecas Infanto-juvenis da Cidade de São Paulo e conseguiu que se criasse um espaço em Pinheiros, o que se concretizou em 1997. Até então, o projeto havia se baseado na teoria (estudos, coleta de depoimentos). Passaram a ser realizadas oficinas de memória de duas a três vezes por semana.

Algumas dificuldades

Em 2008, a Secretaria Municipal de Cultura deliberou a desapropriação do espaço e a Estação foi impedida de continuar, sob a alegação de que o ambiente era usado de forma privativa. “O que é uma absoluta inverdade. Eu acho que há uma justificativa social que está acima de nós”, diz Ivete. Quem sustentava a Estação era a própria equipe. “Um ou outro material a prefeitura fornecia, mas nada que onerasse de forma abusiva”, conta Ivete.

Os idosos entraram com recurso na Corregedoria do Idoso, fizeram protestos na rua, mas a Secretaria foi inflexível. “A emoção foi muito grande quando vimos que perdemos o nosso lugar”, conta Mariano Giffoni, participante do projeto, hoje com 92 anos.

Renovação

Apesar das dificuldades, a união dos idosos permitiu a superação. “O que manteve a coesão e a continuidade do grupo foram os vínculos que eles próprios tinham com o projeto”, conta Ivete.

A professora propôs que o projeto fosse trazido para a USP. Algumas pessoas não puderam acompanhar a mudança, devido a dificuldades de locomoção. Outros novos participantes juntaram-se ao grupo, alguns oriundos de outro projeto, o Universidade Aberta à Terceira Idade. Hoje são por volta de 40 inscritos.

Na Universidade, a grande mudança foi o uso de novas tecnologias. Hoje, parte das reuniões debatem temas da Internet. Os idosos têm acesso ao blog do projeto e grande parte faz uso da Internet.
As reuniões ocorrem às quartas-feiras, das 14h às 17h, na sala 257 do Departamento de Biblioteconomia e Documentação (CBD), no Prédio Principal da ECA.

Saiba mais sobre o projeto no blog – http://www.estacaomemoria.blogspot.com/.

por Maria Carolina Gonçalves

Fonte: http://www3.eca.usp.br/node/1836

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Entrou em vigor a nova NBR sobre elaboração de Trabalhos Acadêmicos

Entrou em vigor, a partir do dia 17.04.2011, a terceira edição da NBR 14724 que disciplina a Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Publicada pela ABNT em 17.03.2011, esta norma foi elaborada pelo Comitê Brasileiro de Documentação e Informação e pela Comissão de Estudos de Documentação. O projeto foi submetido à Consulta Pública Nacional no período de 08.10.2010 a 06.12.2010. Saiba mais: http://www.abnt.org.br/consultanacional.
É importante que as instituições de ensino superior estabeleçam regras de transição para aplicação desta norma.
Outro processo de revisão também está em trâmite. Trata-se da atualização da NBR 10520 que disciplina a Apresentação de Citações em Trabalhos Acadêmicos. A consulta pública está aberta até o próximo dia 29.04.2011.
Para visualizar a consulta pública e o texto completo da norma é necessário o “ABNT Passaporte” que pode ser obtido gratuitamente no mesmo site. Veja aqui – http://www.abntonline.com.br/consultanacional/projetodet.aspx?ProjetoID=6132.

Fonte: http://www.praticadapesquisa.com.br/2011/04/entra-em-vigor-nova-nbr-sobre.html

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Defesa de dissertação

Olá amigos!

Com muita satisfação convido vocês a assistirem a minha defesa de dissertação de mestrado, conforme informações abaixo.
Aproveito para agradecer pelas diversas contribuições e apoio que recebi no período da pesquisa.

Informações:
Título: “Para todas as estações da vida: uma proposta de formação de redes intergeracionais”
Orientador: Edmir Perrotti
Nível: Mestrado
Programa: PPGCI/ECA/USP
Data: 29 de setembro, às 14h30
Local: ECA/USP – auditório Freitas Nobre, no Bloco A – CJE-Jornalismo e Editoração, ao lado do prédio principal

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Ministério da Cultura divulga censo das bibliotecas públicas municipais brasileiras

03/5/2010 – Ascom MinC
Fonte: www.pnll.gov.br

Pesquisa da FGV, encomendada pelo Ministério, revela o perfil das
Bibliotecas Públicas Municipais (BPMs) de todo o país. Mapeamento
permitirá o aperfeiçoamento das políticas para o setor.

Brasília, 30 de abril de 2010 – O 1º Censo Nacional das Bibliotecas
Públicas Municipais mostra que, em 2009, 79% dos municípios
brasileiros possuíam ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde
a 4.763 bibliotecas em 4.413 municípios.

Em 13% dos casos, as BPMs ainda estão em fase de implantação ou
reabertura e em 8% estão fechadas, extintas ou nunca existiram.
Considerando aquelas que estão em funcionamento, são 2,67 bibliotecas
por 100 mil habitantes no país.

O levantamento aponta que as BPMs emprestam 296 livros por mês e têm
acervo entre 2 mil e 5 mil volumes (35%). Quase a metade possui
computador com acesso à internet (45%), mas somente 29% oferecem este
serviço para o público. Os usuários frequentam o local quase duas
vezes por semana e utilizam o equipamento preferencialmente para
pesquisas escolares (65%). Quase todas as bibliotecas funcionam de
dia, de segunda à sexta (99%), algumas aos sábados (12%), poucas aos
domingos (1%). No período noturno, somente 24% estão abertas aos
usuários. A maioria dos dirigentes das BPMs são mulheres (84%) e tem
nível superior (57%).

Foram pesquisados todos os 5.565 municípios brasileiros. Em 4.905
municípios foram realizadas visitas in loco para a investigação sobre
a existência e condições de funcionamento de BPMs, no período de
setembro a novembro de 2009. Os 660 municípios restantes –
identificados sem bibliotecas entre 2007 e 2008 pelo Sistema Nacional
de Bibliotecas Públicas e atendidos pelo Programa Mais Cultura com a
instalação de BPMs – foram pesquisados por contato telefônico, até
janeiro deste ano.

O Censo Nacional tem por objetivo subsidiar o aperfeiçoamento de
políticas públicas em todas as esferas de governo – federal, estadual
e municipal – voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas
públicas brasileiras. Segundo o levantamento, em 420 municípios as
BPMs foram extintas, fechadas ou nunca existiram. O MinC – por meio da
Fundação Biblioteca Nacional, com recursos do Programa Mais Cultura –
em parceira com as prefeituras municipais, promoverá a implantação ou
reinstalação dessas bibliotecas, com a distribuição de kits com acervo
de dois mil livros, mobiliário e equipamentos, no valor de R$ 50
mil/cada, totalizando R$ 21 milhões. As BPMs receberão, ainda,
Telecentros Comunitários do Ministério das Comunicações.

Região Sul tem mais bibliotecas por 100 mil habitantes

O Sul é a região brasileira com mais bibliotecas por 100 mil
habitantes (4,06), seguida do Centro-Oeste (2,93), Nordeste (2,23),
Sudeste (2,12) e Norte (2,01).
Tocantins (7,7 por 100 mil) é a unidade da federação com melhor
índice, bem à frente das demais: Santa Catarina (4,5), Minas Gerais
(4,1) e Rio Grande do Sul (4,0). Entre os piores índices estão
Amazonas (0,70), Distrito Federal (0,76), Rio de Janeiro (0,86), Acre
(1,44), Pará (1,60) e São Paulo (1,62).
Já o município brasileiro com maior número de bibliotecas neste
quesito é Barueri/SP (4,07 por 100 mil habitantes), seguido por
Curitiba/PR (2,97) e Santa Rita/PB (2,36). Entre os piores índices
estão Fortaleza/CE (0,03), Manaus/AM (0,05) e Salvador/BA (0,06).
Segundo a pesquisa, a região Sudeste é a que possui mais municípios
com bibliotecas abertas (92%), seguida do Sul (89%), Centro-Oeste
(81%), Norte (66%) e Nordeste (64%).
O Distrito Federal, com apensas uma cidade (Brasília), é a unidade da
federação que tem mais municípios com bibliotecas (100%), seguida pelo
Espírito Santo (97%) e Santa Catarina (94%). O Piauí (34%) e o
Amazonas (37%) têm os menores percentuais.
O Nordeste do país é a região que receberá mais kits do governo
federal para a implantação de bibliotecas: 161 municípios, seguida
pelo Sudeste (104), Sul (67), Norte (51) e Centro-Oeste (37). As
cidades que não receberão kits já estão reabrindo ou implantando suas
bibliotecas.

Capitais têm índices baixos de bibliotecas por 100 mil habitantes

De uma lista com 263 municípios brasileiros com mais de 100 mil
habitantes, as capitais têm índices mais baixos. A exceção é Curitiba
(2,97). A 2ª melhor no ranking é Palmas/TO (1,06) – mas está em 28º na
lista, enquanto a 3ª é Brasília/DF (0,76) – 100ª colocação. Todas as
demais capitais ficam abaixo desta colocação. A única capital que não
possuía BPM aberta na ocasião da pesquisa era João Pessoa/PB. O prédio
encontrava-se em reforma e a BPM já havia recebido kit de modernização
do Programa Mais Cultura.

Maioria usa BPMs para pesquisa escolar

Em todo o país, os frequentadores das bibliotecas municipais vão aos
estabelecimentos para fazer pesquisas escolares (65%), pesquisas em
geral (26%) e para o lazer (8%). Os nordestinos e os nortistas
registram a maior frequência para pesquisa escolar (75%), enquanto os
usuários do Sudeste são os que mais frequentam para o lazer (14%).
Entre os estados em que o uso da biblioteca para pesquisas escolares é
maior está o Amapá (91%) Por sua vez, os frequentadores de São Paulo
são os que mais vão às bibliotecas para o lazer (22%).
Os assuntos mais pesquisados nas bibliotecas são Geografia e História
(82%); Literatura (78%), e obras gerais – enciclopédias e dicionários
– (73%). Neste quesito, a resposta era de múltipla escolha e,
portanto, a soma é superior a 100%.

Usuário visita biblioteca cerca de duas vezes por semana

Segundo o levantamento, a média de visita ao estabelecimento é de 1,9
vez por semana. Os moradores do Nordeste são os que mais frequentam
bibliotecas municipais (2,6 vezes por semana), enquanto a média do Sul
e do Sudeste é a mais baixa (1,6 por semana). Norte e Centro-oeste têm
frequências de 2 e 1,8 vezes por semana, respectivamente.
Roraima é o destaque, com ida de 4,1 vezes por semana, seguida por
Pernambuco (3,7) e do Distrito Federal (3,5). Os piores índices de
frequência ocorrem no Acre, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe
(ambos com uma vez por semana).

Origem do acervo da maioria das bibliotecas é doação

O acervo da maioria das bibliotecas é constituído por doação (83%). O
Nordeste é a região onde as doações são maiores (90%), seguido pelo
Sudeste (85%) e Centro-Oeste (84%). Por outro lado, o Sul tem o maior
índice de compra de acervo (28%), seguido pelo Norte (19%).
Na média brasileira, a maior parte das bibliotecas tem acervo entre 2
mil e 5 mil volumes (35%). Nas demais faixas: até 2 mil volumes (13%),
entre 5 mil e 10 mil (26%) e mais de 10 mil (25%). É no Sudeste que se
concentra a maior quantidade de bibliotecas com acervo superior a 10
mil volumes (36%). Por outro lado, a maior quantidade de bibliotecas
com até 2 mil volumes está concentrada no Norte (25%).

Sudeste lidera média de empréstimos de livros

A média nacional de empréstimos domiciliares é de 296/mês. Os
moradores do Sudeste são os que mais fazem empréstimos (421/mês),
seguidos do Sul (351/mês), Centro-Oeste (157/mês), Nordeste (118/mês)
e Norte (90/mês).
Entre os estados, São Paulo faz mais empréstimos (702/mês), seguido do
Distrito Federal (559/mês) e Paraná (411/mês). As menores médias
ocorrem no Amapá (11,7/mês), Tocantins (43,5/mês) e Maranhão (52/mês).

Menos de 10% das BPMs oferecem serviço para pessoas com deficiência

Apenas 9% das BPMs oferecem serviços para deficientes visuais
(audiolivros, livros em Braille, etc.). No caso dos serviços
especializados para surdo-mudos, deficientes mentais ou físicos, o
índice cai para 6% das bibliotecas.

Apenas 24% das BPMs funcionam à noite e 1% aos domingos

A grande maioria dos estabelecimentos funciona de dia, de segunda à
sexta (99%). Somente 12% abrem aos sábados e 1% aos domingos. O
Sudeste é onde existe um percentual maior de bibliotecas que funcionam
aos sábados (14%), seguido do Centro-Oeste (13%), Sul (12%), Norte
(11%) e Nordeste (6%).
À noite, 24% dos estabelecimentos estão abertos. No Nordeste é onde
está a maior parte das bibliotecas que funciona à noite (46%), seguida
do Norte (28%), Centro-Oeste (21%), Sul (18%) e Sudeste (12%).

Quase metade das bibliotecas tem acesso à internet

A pesquisa da FGV revelou também que 45% das bibliotecas têm
computadores com acesso à internet. O Sul concentra o maior percentual
de estabelecimentos com acesso à internet (65%), enquanto o Norte tem
o menor (20%). No entanto, em apenas 29% das BPMs do país os usuários
têm acesso direto à internet. Mais uma vez o Sul lidera este item
(45%), enquanto o Norte tem a menor quantidade (15%).

Maioria das BPMs desenvolve programação cultural

A maioria das BPMs oferecem alguma atividade cultural (56%). Entre os
serviços prestados a seus usuários, o mais recorrente é a Hora do
Conto – ocasião em são contadas histórias para as crianças e jovens.
Este serviço é oferecido em 29% dos estabelecimentos. Já 25% promovem
oficinas de leitura e 24% realizam roda de leitura.

Dirigentes das BPMs são mulheres e têm nível superior

O levantamento mostra que 84% dos dirigentes das bibliotecas são
mulheres. Em Santa Catarina, Acre e no Rio Grande do Norte o índice
chega a 90%, seguidos por Paraná (88%) e Pernambuco (87%). A maioria
dos dirigentes tem nível superior (57%). O Acre é onde o grau de
instrução é maior (80%) e o Amapá, a menor (27%).
Na média nacional, as BPMs têm 4,2 funcionários – o Nordeste tem o
maior índice (5,7), seguido do Norte (4,5), Sudeste (4,1),
Centro-Oeste (3,5) e Sul (3,0). O Distrito Federal é a unidade da
federação com a maior quantidade de funcionários (8,1) e Santa
Catarina é a que tem a menor (2,4).

Mais informações
Neila Baldi, assessora de Imprensa da Diretoria do Livro, Leitura e
Literatura, do MinC, pelos telefones 61 2024 2628/30, 61 9104.3514, ou
pelo email neila.baldi@cultura.gov.br
Marcelo Lucena, assessor de Imprensa do MinC, no telefone 61 2024 2407
ou pelo email Marcelo.Silva@cultura.gov.br

Susanna Scarlet, assessora de Imprensa do MinC, no telefone 61 2024
2407 ou pelo email Susanna.scarlet@cultura.gov.br

Rafael Ely, assessor de imprensa da Secretaria de Articulação
Institucional/MinC, pelos telefones 61 2024-2325/2345 ou pelo email
Rafael.ely@cultura.gov.br

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